[...] Minha tia e sua máquina de escrever. Ela usa óculos. Está concentrada. E escreve... Deixando correr pela casa, entre canos e cimento, tijolos, parede e fundamentos, e também na poeira tão velha que descansa lá nos quartos lá de baixo, e nas dobradiças espelhadas à superfície das portas, e – sobretudo – no meu coração encostado no chão enquanto eu brincava, e por todo o casario vermelho porque sol... o ressoar do timbre pesado-leve dos acordes-letras. Eu criança parava. Imaginava... Que palavras partejava ela e a máquina? Que vida nascia? Pouco a pouco amando mais a palavra. Enxergando o seu milagre. E minha tia, num repicar sereno de letras, números e símbolos cifrados no silêncio barulhento da máquina-incrível... devia estar a fazer algo do seu trabalho para a escola. Não sabia que afagava com leveza sonhos futuros. Não sabia que, na inesgotável paisagem do tempo, tornava-se poema.
Imperfeitamente acreditei nela, e tive a decepção como resulta... Grandes nomes que eu admiro, dignos da repercussão mundial assim como, Albert Einstein, o teórico da relatividade, ou mesmo, um mais próximo como Machado de Assis, pai do realismo, são exemplos de gênios autodidatas, os quais eu enfoco em forte reflexão, cada um de seu modo encontrou suas vocações sem frequentar a escola diariamente. Esses foram um grande espelho pra mim nos últimos meses. Eu amo a minha escola, foi lá que conheci pessoas realmente preocupadas com meu futuro, que mesmo com poucos instrumentos ao seu favor, contribuíram para a mudança e a absorção de parte do que eu sou hoje. Foi na escola que professores transmitiram eficazmente os vários ângulos da supervivência; o mundo, como ele funciona, de quê nós seres vivos somos constituídos, como se deu nosso presente a partir da complexa história, porque é importante o uso da linguagem, seja o nativo, ou estrangeiro, porque a noção crítica...
Sobre um determinado espaço geográfico as pessoas criam laços afetivos, culturais, étnicos e etc. que promovem ao longo do tempo e, portanto às gerações sequentes, um destino semelhante. Essa analogia constrói o que chamamos de identidade mútua ou nação e são desses conceitos que se edifica um país, um estado, ou uma cidade. Todas as partes do globo terrestre possuem sua história. Acari, minha cidade, também. Com isso, todos nós acarienses somos proprietários de um estoque de bens em comum, sejam eles materiais, imateriais ou naturais, que pertencem a nossa cidade e que representam um valor singular no nosso coração se formos realmente nacionalistas e dignos de expressar uma identidade mútua. Como em cada canto do mundo, a diversidade de valores, conceitos, ideias e pensamentos divergentes também coexistem. A dinâmica da sociedade é aprender a conviver em harmonia e de forma socialmente comunitária mesmo existindo essas dessemelhanças no dia-a-dia. P...
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