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Pela janela de um ônibus, no caminho-enredo cotidiano, todas as coisas são iguais e todas as coisas são diferentes todos os dias. Você pode ver um gato se equilibrando sobre a parede fina de uma casa de dois idosos. Logo ali, você pode ver que esses dois idosos conversam, cada qual no seu tamborete, pouca luz, a vida arrastando e a sombra de uma craibeira fazendo parecer que a casa tem uma pintura de folhas. Imagina que essa conversa, do outro lado do vidro, que nada te diz respeito, talvez seja algo de muito incrível no dia daquelas pessoas. Vê, desse modo e de vários outros, que as reuniões na calçada ainda são privilégios nossos. Vê o amor e seu trabalho silencioso num pescador que tece sua rede todas as tardes um pouco mais, num jovem que toca violão pra si e, do outro lado da ponte, numa mulher que quara roupa em seu extenso varal enquanto uma criança corre entre os tecidos molhadas. Você olha bem e assiste cada pessoa levando o infinito que a faz viver. Sente mais uma vez o